Antes de se executar o processo de anodização é importante averiguar se as ligas de alumínio possuem características adequadas ao processo de anodização.
Devem-se ter cuidados especiais com o manuseamento, transporte e armazenamento do alumínio.
É executado um pré-tratamento na superfície do alumínio, que compreende as etapas de desengraxamento, fosqueamento e neutralização, antes de se proceder à anodização.
Depois de executado o pré-tratamento, passa-se à fase de anodização, onde se dá a formação da camada de óxido de alumínio através de um processo electrolítico. De seguida, avança-se para a fase de coloração, que consiste na deposição electrolítica de sais metálicos ou absorção de corantes que são usados para colorir a camada de óxido de alumínio. No final executa-se a selagem que consiste no preenchimento dos poros da camada anódica através da hidratação do óxido de alumínio.
No final do processo de anodização, podem haver pequenas diferenças de tonalidade entre os vários perfis de alumínio que foram anodizados. Tem de se estabelecer uma tolerância das variações das tonalidades, indicando quais os padrões mínimos e máximos de tonalidades admissíveis. Tem de ser indicado o processo de coloração a ser utilizado, isto é, coloração electrolítica ou por corantes.
Os padrões de qualidade a ser adoptados devem estar em conformidade com as normas ISO no quadro abaixo:
ISO 2360 | Espessura |
ISO 2931 | Impermeabilidade |
ISO 2143 | Dye Stain |
ISO 3210 | Perda de Massa |
ISO 6581 | Solidez à luz |
EWAA | European Wrought Aluminium Association |
Tabela 1 – Normas ISO de qualidade.
As normas mencionadas acima são instrumentos suficientes para a determinação da conformidade dos produtos anodizados.
A determinação dos níveis de amostragem e aceitação, e os níveis de qualidade aceitáveis devem ser acordados previamente.
Os perfis de alumínio que se utilizam nas fachadas e caixilharias devem ser extrudidos em liga de alumínio AGS, apresentando uma dureza superficial mínima de acordo com a norma DIN 1725. Os perfis devem ser escolhidos de modo a que os esforços a que vão estar sujeitos, sejam compatíveis com a sua rigidez.
Todos os acessórios a utilizar devem ser fabricados em alumínio ou materiais que não entrem reacção electrolítica com o alumínio. As peças de ligação devem ser indeformáveis e invisíveis, ou então à mesma cor e especificações referidas para os perfis, devendo a sua fixação cessar-se por meio de parafusos de aço inoxidável.
As juntas a utilizar devem ser vedantes e apresentar resistência a temperaturas e garantia contra envelhecimento.
A utilização de perfis de alumínio em fachadas, é do ponto de vista técnico, muito apropriada, pela reduzida massa volúmica deste material, g = 2,65 kg/dm3. Deve ter-se em conta os valores resistentes das tensões de rotura à tracção e à compressão. O baixo valor do módulo de elasticidade E, obriga, em regra, a dimensionar os perfis de alumínio por razões de deformação e não de resistência.
Apresentam-se na tabela abaixo os valores característicos dos perfis de alumínio utilizados em fachadas e caixilharias:
Materiais | Tensão de cedência fydk N/mm2 | Propriedades |
Peso g kN/m3 | E N/mm2 | Coef. De Poisson (n) | G N/mm2 | h mm. ºC |
Al | 260 | 2800 | 0,72x105 | 0,4 | 0,26x105 | 24x10-6 |
Tabela 1 – Valores característicos dos perfis de alumínio.